Mais do que uma data festiva, o Dia dos Pais pode ser uma excelente oportunidade para você refletir sobre as mensagens estereotipadas que a mídia veicula.
Você provavelmente já se deparou com propagandas e filmes em que a função paterna se resume exclusivamente ao papel de provedor e pouco envolvido na criação dos filhos, não é mesmo?! Contudo, esse modelo de pai está se modificando e, cada vez mais, se discute a naturalização da figura paterna como protagonista nos cuidados dos filhos
Segundo a pesquisa “Precisamos falar com os homens? Uma jornada pela igualdade de gênero”, iniciativa da ONU Mulheres e do Papo de Homem, 8 em cada 10 pais querem passar mais tempo com seus filhos. Mas apesar dos avanços das últimas décadas, e da boa intenção de muitos pais, ainda existe um olhar muito estereotipado sobre a figura paterna em relação ao cuidado e educação dos filhos. Isto é, nossa sociedade machista ainda credita o papel do cuidar à figura feminina.
No Brasil, os indicadores sociais mostram que o percentual de pais ausentes vem crescendo desde 2018. Segundo o IBGE, mais de 12 milhões de famílias são lideradas por mães solo. Além disso, de acordo com o Censo Escolar, 5,5 milhões de crianças matriculadas no sistema educacional brasileiro não possuem o nome do pai em seus documentos.
Mas afinal, o que é paternidade ativa?
Nos últimos anos, o movimento Paternidade Ativa tem ganhado cada vez mais força. Muito desse crescimento se deve às pautas levantadas sobre a desigualdade entre gêneros e sobre os padrões impostos para a masculinidade.
Esses debates crescentes desconstroem crenças limitantes que ainda regem o pensamento social e convidam os genitores a exercerem o papel de cuidadores, tal como as mulheres.
Muitas pesquisas apontam que a presença paterna é fundamental para o desenvolvimento da criança e que ser um bom pai significa participar ativamente da rotina dos filhos. Mas, na prática, o que isso significa?
Primeiro, é preciso entender que a relação paterna deve ir além do provimento financeiro. É preciso estabelecer uma relação afetuosa e incondicional e participar ativamente dos cuidados diários do seu filho. Além disso, muitas vezes, é preciso rever suas referências masculinas e enfrentar o seu sistema de crenças limitantes.
O mundo mudou e pede um novo modelo de masculinidade e, consequentemente, de paternidade. Mas atenção! É muito importante que o debate sobre o envolvimento dos pais na criação dos filhos esteja sempre atrelado a importância da equidade de gênero. Esse cuidado garante que o movimento de Paternidade Ativa não corrobore com práticas machistas, que geralmente garantem aos pais um selo de super-heróis por desempenharem suas obrigações.
Pais em ação
Para celebrar o Dia dos Pais, celebrado neste domingo, 14 de agosto, a Empodera selecionou 5 filmes e documentários disponíveis nos streamings para comemorar (e refletir) sobre a paternidade.
– Paternidade
– Não Olhe para Trás
– Uma Família de Dois
– Dads
– Precisamos falar com os homens? Uma jornada pela igualdade de gênero
A pergunta que fica é: como as empresas podem garantir a integridade desse processo?
O apoio das empresas fortalece essa transformação que a sociedade e os homens estão passando. E, apesar de não existirem fórmulas prontas, há algumas ações que as organizações podem apostar para incentivar a Paternidade Ativa.
Além da lei de incentivo, que garante um período de licença paternidade remunerada de 20 dias para empresas que participam do programa Empresa Cidadã, as empresas são livres para oferecer aos seus colaboradores períodos mais extensos de licença, entre outros benefícios dados exclusivamente às mães.
A participação das empresas para potencializar o debate sobre a importância da paternidade ativa também pode ser feito por meio de ações internas, como rodas de conversa e palestras sobre o papel do pai e da mãe na criação dos filhos.
Quer saber mais?
As campanhas e os debates em apoio a Paternidade Ativa devem se estender para além do mês de agosto. A Empodera conta com algumas soluções que podem te ajudar a promover um ambiente mais acolhedor e equalitário. Confira clicando no link abaixo:
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