Pessoas trans, a letra T em LGBTQIA+, são pessoas que não se identificam com o gênero que lhes foi atribuído no nascimento. Eu, por exemplo, sou um homem trans, ou seja, quando eu nasci, as pessoas assumiram que eu era uma menina mas, conforme fui crescendo e me conhecendo melhor, descobri que sou, na verdade, um homem.
E eu comecei o texto com essa explicação porque eu já imagino a resposta pras perguntas que eu vou te fazer agora, mas vamos lá:
Quantas pessoas trans você conhece? Com quantas você tem um convívio próximo? Pra quantas você desabafa e troca segredos? Alguma trabalha com você?
Eu ficarei muito feliz em saber que suas respostas não foram todas negativas, mas infelizmente as pessoas trans ainda são poucas em grande parte dos espaços, principalmente no mercado de trabalho. Segundo a ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), 90% das população trans se prostituem, e isso acontece principalmente por três motivos: as exclusões social, familiar e escolar.
Um roteiro que se repete na vida de muitos de nós é ser expulso de casa por volta dos 13 anos, quando a gente começa a perceber que tem algo de diferente acontecendo. Sem o amparo familiar, não parece existir outra opção além de largar os estudos. E, por isso, 72% da população trans não possuem Ensino Médio e 56% não completaram o Ensino Fundamental (Dados de 2018).
Além disso, não são raros os casos onde uma pessoa trans é contratada em uma empresa sem núcleo de Diversidade e Inclusão e passa a ser violentada diariamente por pares de trabalho e até superiores. Sozinha, sem ter um grupo de apoio ou pra quem pedir ajuda, a pessoa opta por sair da empresa. Isso sem contar aquelas pessoas trans que têm seu crescimento profissional barrado pelo preconceito da gestão.
É por esses e outros motivos que nem sempre uma vaga afirmativa é o suficiente para resolver a falta de profissionais trans no seu time. E, infelizmente, a solução não é universal, então uma consultoria especializada no assunto pode ser o melhor caminho.
A Empodera, por exemplo, desenvolve ações que podem ajudar neste caminho, como: Diagnóstico de Cultura Diversa e Inclusiva, o Conexão Empodera, que é uma roda de conversa muito forte onde são convidadas pessoas de grupos minorizados para compartilhar um pouco da sua experiência, açõe de mentoria, aceleração de carreira e até mesmo uma consultoria, que pode te auxiliar a criar espaços como os grupos de afinidade e metas para a diversidade da sua empresa.
Dias como o de hoje são necessários para trazermos à tona o debate e mais criar um plano de ação do que podemos fazer para mudar esta realidade com ações e não somente palavras.
Para finalizar, deixo aqui algumas dicas gerais para criar um ambiente respeitoso onde pessoas trans cheguem, finquem raízes e cresçam com segurança:
- Promova conversas com todo o time sobre Diversidade e Inclusão, com letramento e principalmente abordando perguntas e comentários que são ofensivos e não devem acontecer.
- Crie grupos de afinidade para que pessoas trans possam se conectar com outras pessoas LGBTQIA+ e não se sintam isoladas.
- Divulgue canais de comunicação eficazes onde desrespeitos, dores e sugestões possam ser ouvidas.
- Tenha conversas entre RH e as pessoas colaboradoras para uma relação de troca e confiança.
- Saiba que todo mundo pode errar, o mais importante é estar sempre aberto a ouvir, aprender e não repetir os erros.
- Não tolere desrespeito!
Quer saber como a Empodera pode te ajudar neste processo? Preencha o formulário abaixo
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