Março, o mês internacional das mulheres, está se encerrando, e com ele surge um convite da Empodera: que tal refletir sobre o impacto do fenômeno da impostora na carreira das mulheres?
Você, mulher, provavelmente já se deparou com aquele velho sentimento de autossabotagem, se achando incompetência ou insuficiente, não é mesmo?! Você não está sozinha!
O fenômeno da impostora, popularmente conhecido como síndrome do impostor/a, é um conceito psicológico, formulado pelas psicólogas e pesquisadoras Pauline Clance e Suzanne Imes – envolvidas em lutas feministas na década 70, que pode afetar a autoestima e a confiança das pessoas, especialmente das mulheres em ambientes profissionais. Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade da Geórgia, 70% das executivas entrevistadas se sentiam uma fraude no trabalho.
Essa autopercepção de falsidade intelectual se caracteriza por um sentimento de inadequação, de não pertencimento, de não merecimento e de não ser capaz, mesmo quando há evidências concretas do contrário.
Na carreira, o fenômeno da impostora pode afetar as mulheres de diversas maneiras, como:
Autossabotagem: a falta de confiança em si mesma pode levar a mulher a subestimar suas habilidades e conquistas, se autossabotando em oportunidades de crescimento e reconhecimento.
Insegurança: a mulher pode se sentir insegura em seu papel profissional e ter dificuldades em tomar decisões e liderar equipes, o que pode prejudicar sua ascensão na carreira.
Sobrecarga de trabalho: a mulher pode ter a sensação de que precisa trabalhar mais do que os outros para provar sua competência, o que pode levar a uma sobrecarga de trabalho e estresse.
Dificuldade em se posicionar: a mulher pode ter dificuldade em se posicionar e expressar suas opiniões e ideias, por medo de ser julgada ou rejeitada, o que pode limitar sua capacidade de contribuir para o ambiente profissional.
Falta de reconhecimento: a mulher pode não receber o reconhecimento merecido por suas conquistas e desempenho, o que pode aumentar sua sensação de não merecimento e reforçar a síndrome da impostora.
Esses efeitos podem ter um impacto significativo na carreira das mulheres, limitando seu potencial de crescimento e contribuição para a organização. Por isso, é importante reconhecer a síndrome da impostora e trabalhar na construção da autoestima e confiança das mulheres, por meio de apoio emocional, desenvolvimento de habilidades e mudanças na cultura organizacional.
Como a falta de equidade de gênero contribui com o fenômeno da impostora?
A equidade de gênero no mercado de trabalho brasileiro ainda é um desafio a ser superado. Embora haja avanços significativos nos últimos anos, ainda há uma desigualdade salarial entre homens e mulheres que realizam as mesmas funções e possuem o mesmo nível de qualificação, e isso contribui para que mais profissionais mulheres se sintam inadequadas.
De acordo com a pesquisa “Panorama Mulheres nos Negócios”, das 783 mulheres em posições de liderança ouvidas em todo o Brasil, 43% disseram que têm medo de falhar e 52% não gostam nem de falar sobre suas conquistas profissionais. Além disso, as mulheres ainda enfrentam barreiras para assumir cargos de liderança e muitas vezes são vítimas de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho.
Mulheres representam apenas 15,2% dos profissionais em conselhos e diretorias de companhias abertas no Brasil, segundo um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
E como mudar esta realidade?
Algumas iniciativas para promover a equidade de gênero no mercado de trabalho brasileiro incluem campanhas de conscientização, políticas de igualdade salarial, programas de incentivo à contratação de mulheres em cargos de liderança e ações de combate ao assédio no ambiente de trabalho.
É importante que as empresas sejam mais conscientes da importância da equidade de gênero e adotem medidas para descontruir o fenômeno da impostora, que assombra muitas profissionais, e garantir um ambiente de trabalho justo e igualitário para todos os seus funcionários, independentemente do gênero.
Afinal, não basta não ser sexista, é preciso ser antissexista!
A Empodera é a sua melhor aliada nesse processo. Por este motivo, criamos um Guia Antissexista e uma página com alguns dados e ações contínuas para sensibilizar a sua equipe sobre o tema; sistematizar os processos existentes ou desenvolver novos, de acordo com a necessidade da sua empresa; e criar metas, kpis e indicadores para sustentar esses ganhos.
Além disso, elaboramos um calendário da diversidade, com apoio de um planejamento de ações no Trello para todos os meses do ano de 2023, que te ajudarão a criar uma cultura organizacional mais diversa e inclusiva.
Quer saber mais?
Os debates em apoio a equidade de gênero devem se estender para além do mês de março. A Empodera separou algumas ações para te ajudar a somar forças na luta contra os discursos de ódio e na promoção de oportunidades durante os 365 dias do ano. Confira algumas de nossas soluções:
Palestras:
– Liderança Inclusiva
– Vieses Inconscientes
Roda de conversa:
– Conexão Empodera
Workshop
– Papo Reto! Precisamos falar sobre os homens
– Recrutamento Inclusivo
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